SINTOMAS DA ESQUIZOFRENIA QUE SÃO SEMELHANTES
AOS SINTOMAS DE CONTATADOS EXTRATERRESTRE
Como os
sintomas de contatado são semelhantes aos sintomas da esquizofrenia, tem sido
comum a confusão dos portadores de esquizofrenia deduzirem que são contatados.
Os que me procuram dentro do tema para fazer a hipnose regressiva de 1 a 2% tem
o perfil da esquizofrenia e é sempre muito difícil dizer a pessoa que jura ser
um contatado que pode não ser real, mas comumente não aceitam serem
contrariados. Todavia, a hipnose não acontece em doença psicopatológica
congênita. (Cassyah Faria).
SINTOMAS
INICIAIS –
Os sintomas precoces da esquizofrenia, também conhecidos como prodrômicos são
aqueles que ocorrem meses a anos antes de um primeiro surto. Eles não são
específicos da doença e não permitem um diagnóstico precoce do transtorno.
Podem ocorrer comportamento hiperativo (inclusive desde a infância), desatenção
e dificuldades de memória e aprendizado, sintomas de ansiedade (inquietação,
somatizações, como taquicardia, palpitações e falta de ar), desânimo,
desinteresse generalizado e humor depressivo. O início do transtorno pode ser
confundido com depressão ou outros transtornos ansioso (Pânico, Transtorno
Obsessivo-Compulsivo, Ansiedade Generalizada). Em alguns casos ocorre interesse
demasiado por temas exóticos, místicos, religiosos, ufológicos ou filosóficos,
que passam a dominar o cotidiano da pessoa. Dúvidas acerca da sua existência,
explicações filosóficas sobre coisas simples da vida e uma necessidade
permanente de buscar significados podem deixar a pessoa mais introspectiva e
isolada socialmente. É comum haver, pouco ou muito tempo antes do primeiro
surto, dificuldade, ou mesmo, descontinuidade de atividades regulares, como
escola, cursos, trabalho, esporte ou lazer. Nota-se também maior dificuldade
para viver relações sociais e familiares. Algumas pessoas podem desenvolver um
comportamento mais arredio ou indisciplinado, ter momentos de explosão de raiva
ou descontrole emocional diante de situações em que se esperaria maior
desenvoltura para resolver os problemas. A esquizofrenia pode ainda se
manifestar sem um período prodrômico muito claro e com desencadeamento rápido
dos primeiros sintomas psicóticos.
SINTOMAS
POSITIVOS –
Os sintomas positivos estão relacionados diretamente ao surto psicótico.
Entende-se por surto psicótico um estado mental agudo caracterizado por grave
desorganização psíquica e fenômenos delirantes e/ou alucinatórios, com perda do
juízo crítico da realidade. A capacidade de perder a noção do que é real e do
que é fantasia, criação da mente da própria pessoa, é um aspecto muito presente
nos quadros agudos da esquizofrenia. A pessoa adoecida pode criar uma realidade
fantasiosa, na qual acredita plenamente a ponto de duvidar da realidade do
mundo e das pessoas ao seu redor. É o que chamamos de delírio. O delírio pode
ter diversas temáticas, inclusive num mesmo surto. As mais comuns são a ideia
de estar sendo perseguida por alguém, de ser observada ou de que as pessoas
falam dela ou sabem de tudo que se passa na sua vida. Outras ideias
fantasiosas, como de cunho religioso, místico ou grandioso também podem
ocorrer. Menos frequentemente ocorrem delírios de culpa e de ciúme. O delírio não
é uma criação intencional da pessoa ou motivada por fatores psicológicos ou de
relacionamento. Na esquizofrenia, o delírio surge espontaneamente e invade e
domina a consciência da pessoa, tirando dela a capacidade de lutar e vencer
sozinha suas próprias ideias. É comum ela se sentir acuada e amedrontada, ou
então, agir com vigor, mas sem um propósito claro ou racional. O delírio traz
consigo uma sensação de sofrimento e fragmentação da própria personalidade,
como se a pessoa perdesse o chão, suas referências básicas, o controle de sua
própria vida. Outro sintoma positivo igualmente importante é a alucinação. A
pessoa pode ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes, como
escutar vozes dialogando entre si ou se referindo à própria pessoa, insultando-a
ou ordenando que faça algo. Pode ver vultos ou imagens de pessoas, personagens
de seu delírio, com as quais é capaz de conversar e interagir. Há casos também
de alucinações olfativas (sentir cheiros estranhos), gustativas, táteis (sentir
choques ou como se bichos andassem em seu corpo) e dos órgãos internos (como,
p.ex., sentir o coração derretendo, órgãos apodrecendo). Assim como no delírio,
o paciente não tem nenhum controle sobre as alucinações. Elas têm igual
capacidade de dominar a consciência e influenciar o comportamento. A percepção
de uma alucinação é igual a que ocorre para um objeto real, não sendo possível,
para o paciente, distingui-la da realidade. Existem outros sintomas positivos,
como acreditar que é outra pessoa ou que tem poderes paranormais, como a
capacidade de ler a mente dos outros. O paciente pode fantasiar acerca de seus
familiares, acreditando que eles sejam impostores ou sósias, ou confundir
pessoas estranhas com alguém familiar. Os sintomas positivos podem não ocorrer
em todos os casos de esquizofrenia e, mesmo quando presentes, podem variar na
intensidade e qualidade dos sintomas. Existem pacientes que não possuem muitos
delírios e outros que nunca alucinaram (e nesses casos o não diagnóstico). Há
os que apresentam mais sintomas de desorganização psíquica e do comportamento e
que não apresentam delírios ou alucinações.
SINTOMAS
NEGATIVOS –
Os sintomas negativos estão mais relacionados à fase crônica da esquizofrenia.
Embora possam ocorrer na fase aguda, eles se estendem por mais tempo e
predominam a longo prazo. Esses sintomas são chamados também de deficitários,
como referência à deficiência de algumas funções mentais, como a vontade e a
afetividade. A falta de vontade, de iniciativa ou da persistência em algumas
atividades da vida cotidiana é vista pela maioria dos familiares como sinal de
preguiça ou má vontade. Entretanto, este é um sintoma da esquizofrenia. Em
graus variados de intensidade, pacientes têm dificuldade de iniciativa,
demonstram-se desinteressados ou indiferentes aos desafios e atividades que
lhes são propostas. Tendem a escolher atividades mais passivas, onde não é
exigido esforço físico ou cognitivo, como assistir TV, ouvir rádio, ou mesmo
passar grande parte do tempo ociosos. As deficiências da vontade são
responsáveis por grande parte das dificuldades em atividades produtivas, como
trabalho e estudos, e sociais, contribuindo para maior isolamento. A
afetividade compreende a nossa capacidade de demonstrar afetos e sentimentos.
Para isso usamos nossa mímica facial, os gestos, o tom de voz e a nossa
empatia. Alguns pacientes têm dificuldade em expressar e demonstrar seus afetos
claramente e isso leva, em geral, a uma falta de empatia e a uma dificuldade de
interação e comunicação social. Isto não significa que não tenham sentimentos,
que não sejam capazes de reagir emocionalmente ao ambiente e às pessoas. O que
está comprometido é a forma de demonstrar seus afetos, mas não a capacidade de
sentir emoções. A fala, o pensamento e as ideias podem estar lentificados ou
desconectados, sem um encadeamento lógico para quem está ouvindo. Porém, é
importante que familiares e amigos procurem compreender o significado do que
está sendo dito, que escutem e acolham a pessoa com suas diferenças e
limitações. Os sintomas negativos, por serem mais duradouros e interferirem com
funções básicas como vontade e afetividade, acarretam dificuldades sociais e
laborativas que percebemos em muitos pacientes. É fundamental a compreensão e
as tentativas de estímulo e apoio, dentro de um contexto sócio-familiar
saudável e acolhedor.
SINTOMAS
DA COGNIÇÃO – A
cognição pode estar comprometida na esquizofrenia de diversas formas. As mais
comuns são a falta de atenção e concentração e o prejuízo da memória. Essas
alterações podem ocorrer antes mesmo do primeiro surto e piorar nos primeiros
anos do transtorno. Alguns pacientes têm dificuldade em manter a atenção por
longo tempo, tornando-se facilmente distraídos e dispersos. Em uma conversa num
ambiente tumultuado e ruidoso, por exemplo, podem não conseguir manter o foco,
distraindo-se com estímulos alheios. Isto ocorre devido à incapacidade de
inibir completamente estímulos do ambiente que não sejam importantes naquele
momento. O comprometimento da atenção também interfere em atividades como leitura
e escrita. Em relação à memória, pode haver dificuldade para buscar lembranças
passadas em momentos oportunos, como, por exemplo, quando se está conversando
sobre um episódio e o paciente se esquece de mencionar fatos importantes
relacionados a ele. O aprendizado também pode estar prejudicado, com maior
lentidão para aprender informações novas, que pode ser atribuído à dificuldade
na formação de estratégias para aceleração do aprendizado e por problemas na
fixação do conteúdo. Existem outros prejuízos da cognição, como pensamento mais
concreto, com dificuldades para abstrair e compreender figuras de linguagem,
impulsividade na hora de tomar decisões, fazendo escolhas erradas, baseadas em
decisões imaturas de primeiro momento, e disfunções executivas, como dificuldade
de planejamento das tarefas, não conseguindo priorizar as mais simples frente
às complexas. Os sintomas da cognição também interferem na vida social e
profissional, contribuindo para prejuízos em outras áreas de funcionamento da
pessoa, como estudo, trabalho e relacionamentos interpessoais.
SINTOMAS
NEUROLÓGICOS –
Os pacientes com início mais precoce e/ou formas mais graves da esquizofrenia
podem apresentar sinais neurológicos, como tiques faciais, prejuízo dos
movimentos mais finos (o que os torna mais desajeitados ou estabanados),
trejeitos e movimentos mais bruscos e descoordenados, aumento da frequência de
piscar os olhos e desorientação direita-esquerda. Muitos desses sinais também
estão presentes em outros transtornos psiquiátricos e neurológicos, como o
Transtorno de Tiques e outras síndromes. Portanto, a presença isolada desses
sintomas, sem os demais característicos da esquizofrenia, não deve sugerir esse
diagnóstico. A explicação para a ocorrência dos sinais neurológicos não é bem
conhecida. A maioria não os apresenta e aqueles que são acometidos, os revelam
de maneira tênue e que passam despercebidos por pessoas com menor grau de
intimidade. Não existem exames neurológicos, como eletroencefalograma,
tomografia computadorizada ou ressonância magnética, capazes de diagnosticar a
esquizofrenia. As alterações que podem aparecer nesses exames são inespecíficas
e podem ocorrer também em outras doenças psiquiátricas e neurológicas.
FUNCIONAMENTO
SOCIAL – O
funcionamento social engloba as capacidades de interação e comunicação social,
de autonomia, da vida laborativa, acadêmica, familiar e afetiva. Enfim, é tudo
aquilo que diz respeito à interação da pessoa com o meio em que vive. Na
esquizofrenia, o funcionamento social pode estar prejudicado pelo conjunto de
sintomas que já abordamos, como os sintomas positivos, negativos e cognitivos.
É indiscutível que, no período de surto (fase aguda), o funcionamento da pessoa
fique muito comprometido, pois os sintomas da crise psicótica afetam o
equilíbrio e a sensatez da pessoa, alteram seu comportamento e a capacidade de
administrar seus sentimentos e relacionamentos, gerando conflitos. Isso não é
exclusividade da esquizofrenia, podendo ocorrer na fase aguda de qualquer
transtorno psiquiátrico. Passada a crise, à medida que a pessoa vai se
reestruturando, ela passa a ter mais condições de avaliar e mudar seu
comportamento. Entretanto, na esquizofrenia, alguns pacientes permanecem com
dificuldades sociais mesmo após a fase aguda. Os sintomas mais impactantes neste
período são os negativos e cognitivos, os que mais interferem com o
funcionamento do indivíduo. Alguns ficam com maior dificuldade para
relacionamentos, para fazer novas amizades, tendem a se isolar ou a restringir
o convívio à família. Em casos mais graves, pode haver limitações para coisas
mais simples, como ir a um supermercado ou a um banco, devido a uma inadequação
ou inabilidade para agir em situações sociais, com prejuízos para a autonomia
da pessoa. As capacidades de trabalho e estudo também podem ser afetadas, pois
dependem da eficiência cognitiva e social. Muitos pacientes conseguem retornar
ao trabalho ou à escola após sua recuperação, enquanto outros se beneficiariam
de atividades menos exigentes e estressantes. A adequação da vida social e laborativa
ao real potencial de cada um é medida sine qua non para sua estabilidade a
longo prazo. O comportamento pode ser afetado pelos sintomas já comentados,
como os positivos e negativos, porém alguns padrões de comportamento são mais
frequentes e merecem um comentário à parte. Como a esquizofrenia é um
transtorno de apresentação heterogênea, incluindo quadros clínicos muito
diferentes, existem pacientes com maior ou menor grau de alteração do
comportamento, que também é variável de acordo com a fase da doença (aguda ou
crônica).
→ Suicídio
As tentativas de suicídio não são raras na esquizofrenia. Pesquisas
apontam que cerca de 50% dos pacientes tenta o suicídio ao menos uma vez na
vida, com uma taxa de suicídio consumado em torno de 15%. Esta estimativa é a
maior dentre todos os transtornos mentais, inclusive a depressão. O suicídio
pode ocorrer na fase aguda ou crônica, devendo o familiar ficar atento a alguns
aspectos: se o paciente fala em se matar, caso refira ouvir vozes ordenando que
se fira ou que atente contra a própria vida, quando ocorre intensa ansiedade ou
angústia, se ele se mostra depressivo ou se tem algum comportamento
auto-agressivo ou autodepreciativo. A família não deve temer abordar esse
assunto com o paciente, pois geralmente ele sente a necessidade de falar disso
para obter algum alívio para o seu sofrimento. Caso haja intenção ou risco de
suicídio, a equipe responsável pelo tratamento deve ser imediatamente avisada.
→ Agressividade –
O comportamento agressivo não deve ser associado à esquizofrenia, pois a
maioria dos pacientes não é agressiva em nenhum momento ao longo do transtorno.
Uma minoria pode ter reações impulsivas e ataques de raiva ou fúria, geralmente
nas fases agudas, como no surto, mas melhorando significativamente com o
tratamento. O familiar deve ter paciência e compreensão e jamais revidar algum
ato agressivo, sob o risco de haver aumento da violência e das agressões se
tornarem recorrentes ou constantes. Caso seja necessário conter a pessoa,
abraçando-a ou imobilizando-a, explique o motivo de sua atitude e tente
acalmá-la até a chegada de um auxílio médico.
→ Manias –
Alguns pacientes têm um comportamento mais rígido ou repetitivo, com
dificuldade para mudar determinados padrões. Isso pode variar de hábitos
elementares, como relacionados à higiene, à alimentação e ao vestuário, até
hábitos sociais, como rotinas de atividades, atitudes metódicas ou mecanicistas
(precisa fazer aquilo naquela ordem e daquele jeito). Alguns podem desenvolver
rituais e repetições semelhantes ao transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O
paciente resiste a mudar algumas manias e isto provoca conflitos com a família.
Por outro lado, esses comportamentos não podem ser mudados na base da imposição
ou da força, devendo o familiar ter muito diálogo e paciência. Deve procurar,
aos poucos, convencê-lo das desvantagens e encorajá-lo a melhorar suas
atitudes.
→ Falar
sozinho e risos imotivados – Há pacientes que os apresentam nas fases
agudas, quando respondem às alucinações (vozes ou pessoas imaginárias). Outros
têm esse comportamento na fase crônica, falando baixinho ou simplesmente
mexendo os lábios e cochichando. Os risos imotivados ocorrem quando o paciente
ri sem motivo aparente ou fora de um contexto. Esses sintomas são, na maioria
das vezes, automáticos e involuntários, sem que ele possa controlá-los
inteiramente. A irritação de terceiros pode inclusive intensificá-los.
ABUSO DE
DROGAS – O
uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas é comum na esquizofrenia. Entre as
drogas lícitas, os tranquilizantes, o álcool, a cafeína e o cigarro são os mais
comuns. O café ou bebidas cafeinadas (principalmente a coca-cola) são usados
pelos seus efeitos estimulantes, enquanto o álcool e tranquilizantes, pelos
efeitos ansiolíticos ou sedativos. O cigarro é usado para controle da
ansiedade, mas também porque alivia alguns efeitos colaterais do medicamento
(efeitos de impregnação). Essas substâncias podem interferir com o metabolismo
e a ação terapêutica dos antipsicóticos, medicamentos utilizados no tratamento
da esquizofrenia. No caso do álcool, é crescente o número de pacientes que
desenvolvem o alcoolismo pelo consumo abusivo e contínuo da substância, o que
agrava muito o prognóstico da esquizofrenia. No que tange às drogas ilícitas, a
maconha e a cocaína são as mais utilizadas, embora preocupe o crescimento do
número de usuários de crack nas grandes cidades. O ecstasy é mais usado em
festas e de forma recreativa. A maconha parece ter um papel desencadeador da
psicose, ainda não muito bem conhecido. Quando associado à esquizofrenia, a
dependência química tem um papel devastador para a doença, aumentando
sobremaneira o número de recaídas. Pacientes com dependência de drogas devem
ser levados a tratamentos em centros especializados paralelamente ao tratamento
para a esquizofrenia.
CLASSIFICAÇÃO – A esquizofrenia pode ser
classificada em tipos distintos de acordo com sua apresentação clínica.
→ Esquizofrenia
paranóide – É caracterizada pelo predomínio de sintomas positivos
(delírios e alucinações) sobre os sintomas negativos. Em geral, os pacientes
apresentam tramas delirantes bem estruturadas e alucinações, com alterações de
comportamento compatíveis com suas vivências psíquicas, como inquietação ou
agitação psicomotora, comportamento de medo ou fuga, ausência de juízo crítico,
dentre outras. Nesses casos, o paciente melhora dos sintomas mais agudos com o
tratamento, retomando boa parte de suas atividades e relacionamentos,
permanecendo com poucos prejuízos na fase crônica, já que os sintomas negativos
não estão tão presentes. Podem ocorrer sintomas cognitivos que dificultam a
retomada de algumas atividades após a fase aguda.
→ Esquizofrenia
hebefrênica ou desorganizada – Nesse caso há predomínio dos sintomas
negativos e de desorganização do pensamento e do comportamento sobre os
sintomas positivos. Alucinações e delírios podem não ocorrer, ou se ocorrerem,
não são uma parte importante do quadro, que se caracteriza mais por um
comportamento pueril ou regredido, desorganização do pensamento e do
comportamento, dependência de terceiros para atividades mais básicas, perda da
autonomia, desinteresse, isolamento ou perda do contato social e afetividade
mais superficial ou infantil. Os sintomas mais agudos, como a desorganização do
pensamento e do comportamento, podem melhorar com o tratamento, mas alguns
sintomas negativos podem persistir e dificultar mais a retomada das atividades.
Ocorrem alterações cognitivas, principalmente relacionadas à atenção, memória e
raciocínio, que podem trazer prejuízos sociais e laborativos.
→ Esquizofrenia
catatônica – É o tipo menos comum, caracterizado por sintomas de
catatonia na fase aguda. O paciente pode falar pouco ou simplesmente não falar,
ficar com os movimentos muito lentos ou paralisados (p.ex., numa mesma posição
por horas ou dias), recusar se alimentar ou ingerir líquidos, interagir pouco
ou simplesmente não interagir com ninguém, embora desperto e de olhos abertos.
O tratamento melhora os sintomas de catatonia, podendo o paciente permanecer
com sintomas negativos e cognitivos na fase crônica. Há casos em que, na fase
aguda, podem ocorrer comportamento agitado e repetitivo sem um propósito claro
ou identificável.
→ Esquizofrenia indiferenciada – Quando os sintomas positivos e negativos estão igualmente presentes, havendo delírios e alucinações em intensidade semelhante aos sintomas negativos e desorganizados, classifica-se o tipo como indiferenciado.
→ Esquizofrenia indiferenciada – Quando os sintomas positivos e negativos estão igualmente presentes, havendo delírios e alucinações em intensidade semelhante aos sintomas negativos e desorganizados, classifica-se o tipo como indiferenciado.
→ Esquizofrenia
simples – Em casos em que os sintomas negativos ocorrem isoladamente,
sem sintomas positivos e de desorganização, e não há uma diferença bem
delimitada entre as fases aguda e crônica, optou-se por chamar de esquizofrenia
simples. Alguns autores equivalem esse diagnóstico ao transtorno de
personalidade esquizotípico, caracterizado por afetividade superficial ou
imprópria, falta de vontade e comportamento excêntrico ou desviante, com
tendência ao isolamento e desinteresse social. Os sintomas negativos ocorrem
mesmo sem um surto psicótico que os preceda.
→ Esquizofrenia
residual – Utilizado para tipificar quadros mais crônicos, de longos
anos de evolução ou que evoluem rapidamente para um comportamento mais
deteriorado, com muitos prejuízos sociais e para a autonomia da pessoa,
afetando sua capacidade de comunicação, inclusive verbal, gerando passividade
ou falta de iniciativa, lentidão psicomotora, monotonia e prejuízos inclusive
para o autocuidado e higiene pessoal.